- @rgpatrickoficial
Preso em Você - Capitulo 7
Lucas Marques
Quarta feira, 10 de Abril de 2019, 08:35h
Todos se aproximam, o nosso advogado, chama eu e o JP para conversar, os outros ficam sentados esperando;
- Garotos, é simples, como me contaram, e falaram para o delegado no dia, ok. Só repetir tudo.
- Tudo bem. – Concordamos juntos.
Chamaram a gente, para assinar uns papeis, e confirmar identificação, o advogado saiu para acalmar nossa família.
Eu e João em silencio, acho que pela tensão.
Entramos em uma pequena sala, onde tinha uma mesa com o Juiz, promotor, e mais pessoas sentadas, câmeras filmando a gente, e microfones.
O Juiz falou algumas coisas, referente as leis e o processo, ele meio que leu toda a papelada. E então sentamos para ser ouvidos, nesse momento ficamos respondendo perguntas;
- Estavam somente vocês dois dentro da propriedade?
- Sim. – Cada um respondendo em um momento.
- Sabiam que era uma propriedade privada e de patrimônio histórico da cidade?
- Que era privada sim, mas não patrimônio histórico. – Respondo.
- Os policiais contaram que dois amigos de vocês fugiram quando foram abordados, sabem de alguma coisa?
- Não.
O juiz anotava algo, mas não sei o que, pois, tinha um cara só digitando tudo que a gente falava;
- Promotor? – O juiz olha. – Quer fazer alguma pergunta?
- Gostaria de ouvir a versão deles meritíssimo.
O juiz aponta para a gente, deixando a caneta de lado. Eu troco olhares com o JP, que começa a falar;
- Estávamos na casa de amigos, jogando truco e bebendo. A última aposta foi entrar na propriedade e dar dez passos para dentro. Não iriamos pegar nada, depredar, ou vandalizar o lugar.
- Você disse.... De quem foi a ideia? – O promotor ajeita o microfone.
- Foi minha. – Ele diz em alto e bom tom. – A ideia foi minha. – Olho para ele confuso. – Eu o encorajei para entrar, tínhamos perdido mesmo, e tínhamos que pagar.
- Tem ideia que estava infringindo a lei?
- Sim, senhor.
- É tudo meritíssimo. – O promotor afasta e anota algo.
- Vamos deliberar? – O Juiz olha para o lado.
Ficamos esperando, eles se juntaram e eu olho sério;
- Porque fez isso? – Estava bravo.
- Para te prejudicar o mínimo possível.
- Você é muito idiota João Paulo...
- Já podemos. – O Juiz volta a se sentar com um papel em mãos. Ele olha ao escrivão, que se posiciona e ele continua. – Condenação pelo crime de invasão a propriedade Privada, sendo ela de cunho Patrimônio Histórico Municipal. Réus, João Paulo Medeiros, mecânico de 19 anos de idade. E Lucas Marques de Oliveira, atendente também de 19 anos. A pena de um ano e oito meses de serviços comunitários para a sociedade. Sendo cada dia da pena representando uma hora de trabalho, chegamos no total de 611 dias, que são seiscentas e onze horas.... Sendo essas, quatro horas diárias, que são um total aproximado de três meses e vinte e oito dias. Prestados no Instituto Infanto Juvenil da região.
Saímos, meio que aliviados, meio que cabisbaixos, ainda esperamos o advogado, e então encontramos com os outros.
O Advogado falou tudo primeiro, deixando todos cientes, e sentou comigo e Lucas, contando mais detalhes deste tal trabalho, e que nos acompanharia no primeiro dia.