- @rgpatrickoficial
Eles e Eu - Capitulo 9
~THEO CASTRO
Saindo do vestiário em direção a entrada do campo, olhei para Dylan e perguntei;
- O time de basquete perdeu porque não estava com isso?
Ele não respondeu, mas apareceu um sorriso em seu rosto quando me ouviu.
Ao entrar em campo e ouvir a torcida do colégio foi demais, é um sentimento mágico, porém, houve grande desentendimento entre os treinadores;
- Não vamos jogar com garotas. – O treinador do Stemmons gritava bravo.
- E porque não? Qual o problema?
- Porque o amistoso é entre categorias do mesmo sexo.
- Não tem categorias estipulando sexualidade dos times, a não ser que está com medo de perder.
Nosso treinador apostou na gente, no campo havia um fiscal do "estadual" que autorizou o jogo com essa diversidade em campo.
O juiz apitou o início do jogo, e em dois minutos de jogo um pênalti a nosso favor, eu iria cobrar.
Coloquei a bola na marca, e ao abaixar a correte bate em meu rosto, bem confiei nela também.
Ao chutar e ver a bola entrar a torcida subiu frenética corri para cima do time reserva, que estavam gritando igual doidos.
Detalhe: Eu vi que o Dylan estava com o pirulito na boca, o mesmo que recusou por eu ter colocado na minha, quando olhei, ele percebeu.
Logo o "Stemmons" fez um gol, e na prorrogação do primeiro tempo fizeram outro gol, saímos no intervalo exaustos, eu e o treinador estávamos preocupados pois uma virada seria ótima, mas nada fácil, e as meninas estavam muito alegres tipo, conseguirem entrar e disputar um jogo assim era demais para elas, assim como para o colégio, tínhamos até o diretor nos assistindo.
- Vamos agora usar o que treinamos na quinta à noite. Susan lembra dos escanteios vamos usar a nosso favor. Vamos mostrar para eles quem somos... – Grita o Treinador no vestiario.
-TAG.
- QUEM SOMOS?
- TAG.
- A GENTE QUE MANDA.
Segundo tempo começou com eles marcando pesado na nossa defesa, fora 5 tentativas de gol só nos primeiros 21 minutos, conseguimos empatar com um contra-ataque, faltava mais um gol, mas a defesa deles estava como um muro firme em nós, então o treinador pediu uma substituição, e colocou outra jogadora de meio campo.
Significaria que não poderíamos deixar a bola com eles, a posse teria que ser nossa o máximo possível, assim conseguiria trazê-la para o ataque.
Na arquibancada todos tensos acho que não havia mais unhas, prorrogação do segundo tempo, aos 48 minutos.
O cansaço tomava conta do time, foi no último minuto, como um "último suspiro", no último lance Susan recebe um chute do escanteio, a bola veio alta ela cabeceia finalizando com 3x2, uma virada, o colégio explodiu neste momento, o juiz finalizou o jogo e nos deu a vitória.
Cara as meninas choraram, o campo se encheu com todo mundo gritando e jogando elas para cima, foi demais, o som que ecoava...
- QUEM SOMOS?
- TAG.
- QUEM SOMOS?
- TAG.
- A GENTE QUE MANDA!
~DYLAN
Eles conseguiram, ganharam do primeiro adversário nosso, e claro que eu estava feliz, afinal é meu colégio.
Mas o time de basquete não ficou tão animado quanto todos, afinal havíamos perdido o último jogo, e o time de futebol ganhado, não era uma boa forma de terminar o ano.
No almoço o refeitório ainda na euforia do jogo, estava almoçando e marcando com o pessoal da agencia a gravação do comercial que havia conseguido, eu estava tirando dúvidas sobre o que deveria fazer, por ainda estar em recuperação do acidente.
Atrás de mim sinto duas palmadas de leve nas costas antes de olhar Theo me entrega meu crucifixo;
- A vitória foi dedicada ao time de basquete. Ei Ethan eu fiz seu gol, promessa cumprida. – Ele pisca.
Ethan disse em voz baixa "moleque". Peguei a corrente e desliguei o celular, quando Stella se sentou junto com as meninas me virei de frente para ela;
- Ei posso falar com você?
- Sim.
Levantei e segurei nas mãos dela pouco mais afastado da galera, dizendo;
- Está afim de ir ao cinema comigo hoje?
- Ah, sim.
- Te pego a oito?
- Não está sem o carro?
- Meu pai já liberou, ou melhor ele escondeu as chaves no escritório.
- As oito Dylan.
Ao sentar, o time entra no refeitório fazendo uma coreografia bem engraçada, eles estavam curtindo, acho que abusando da vitória, mas foi merecida.
Sai do colégio o carro da agencia me aguardava, lá foi bem rápido, eu fiz maquiagem, e gravamos tudo em duas horas.
Ao me liberarem peguei um taxi, eu tinha pouco tempo para me arrumar.
Depois que peguei as chaves no escritório, a Gloria já me olhou no corredor falando;
- Dylan!
- Ele está em Washington nem vai saber.
- Cuidado filho, pelo amor de Deus.
- Vou a um encontro, Gloria me deseje sorte.
- Boa sorte, vai com Deus.
Liguei para Stella no caminho, mas não consegui evitar, tive que entrar na casa dela.
Toquei a campainha e seu pai abriu;
- Boa Noite, a Stella senhor Peterson.
Ele me deu acesso para entrar dizendo;
- Está terminando de se arrumar.
- Entre.
Ele tinha a feição do rosto muito fechada, entrei e sentamos na sala de estar, parece que não havia mais ninguém em casa, ele se sentou em uma poltrona me olhando;
- Casa bonita a do senhor.
- Obrigado... Escuta Duncan, sei que as suas intenções podem não ser das melhores, mas se fizer algum mal para Stella, vai se ver comigo.
Só eu que fiquei com medo?
- Pai já chega. Vamos Dylan antes que ele te ameace de novo.
- Sim, claro.
- E pode deixar Senhor, vou cuidar dela.
Nunca desejei tanto sair da casa de uma garota.
Levei ela ao shopping e no caminho ela não saia do celular, coloquei a mão em um momento em sua coxa enquanto dirigia, e ela tirou, se fazendo de moça de família.
Porem puxou um assunto nada haver;
- Dylan, porque continua conversando com os meninos do time, depois do que aconteceu no Píer?
- Como sabe que eles estavam comigo?
- O colégio inteiro sabe Dylan, vocês não se desgrudam.
- Ethan já é muito encrencado com a polícia, você sabe muito bem o porquê. E Ryan já está de castigo pelo resto do ano, e ele me acobertou quando inundamos a biblioteca. Devo uma para ele.
- Garotos. - Ela revira os olhos.
- Prefiro falar da gente, ou de você.
- Chegamos. – Stella grita, até eu me assustei.
Estacionei e quando saímos do estacionamento vejo Theo.
Ele estava sozinho, olhou para e veio em nossa direção, e abraçou Stella dizendo;
- Você demorou, decidi comprar as entradas. Tem certeza que quer assistir esse filme?
- Sim, seu medroso. – Ela bate no peito dele.
- E aí mano. – Ele pega em minha mão.
Eu sorri para ele e perguntei Stella;
- O que ele faz aqui?