- @rgpatrickoficial
crescendo - Capitulo 6
- Já disse nada, para de ser curioso, sai fora cara, você nem mora nesse bloco. – Falo mais bravo.
A única coisa que eu queria é que ele fosse embora, mas ele avançou para cima de mim, eu empurrei ele com força, Vitor dá uns passos para trás.
E escutamos alguém subir as escadas, era um dos seguranças, deu para ver as lanternas.
O Vitor querendo pegar o pacote e eu segurando e empurrando ele, os meninos acho que cagaram literalmente na roupa de medo.
A porta do nosso lado se abre;
- Só poderia ser vocês. – Fala a Alana de toalha.
- O que está acontecendo aqui? – Fala o guarda chegando.
Lucas chuta o pacote para dentro do quarto, Alana olha entendendo a situação e bate a porta;
- Eles estão escondendo alguma coisa. – Vitor fala apontando para nós.
Hugo e Lucas com as mãos escondidas nos bolsos, mano, eu estava perdido.
Os quartos todos abriram as portas, pois foi uma bagunça;
- O que vocês têm nos bolsos? Mostrem as mãos. – O guarda fala apontando a lanterna para nós.
Não me perguntem como, e nem de onde, mas os dois estavam com pacotes de camisinha dentro dos bolsos, eu que comecei a rir nessa hora.
- Quais os quartos de vocês garotos? – Ele questiona.
- 211 e 307. – Lucas responde.
- Eles chutaram alguma coisa para dentro do quarto. – Vitor diz.
- Acho que está precisando dormir senhor Simonato, e vocês para os dormitórios, todo mundo, para a cama. – Ele fala.
Hugo entra, e eu sigo com o Lucas subindo as escadas para nosso quarto.
- Nunca mais me coloca nessas suas sacanagens. – Falo fechando a porta.
- Ei relaxa, mano.
- Não tem que relaxar Lucas, olha isso. – Falo apontando para ele colocando a maconha sob a cama.
Galera a porta do quarto se abre e Vitor entra com o filho da mãe do segurança;
- Eu falei, olha aquilo. Pegos com a boca na botija. – Ele fala entrando.
O segurança pegou o pacote escondendo nas roupas e mandou a gente descer, Hugo e Alana também tiveram que ir, pronto estávamos todo mundo expulsos do colégio.
Nós fomos levados para a sala dos professores e o Alexandre foi chamado, pois a diretora não estava na cidade, ficamos, eu, Hugo, Lucas, Alana, Vitor, Alexandre e três seguranças do campus.
- Eu estava deitado quando me chamaram para uma ocorrência do meu bloco, mas eu não sabia que eram todos vocês. – Ele fala batendo na mesa.
Galera o Alexandre estava de pijama, para terem ideia do quanto estávamos ferrados;
- Então, quem vai começar a falar, de quem é essa maconha? – Ele pergunta mostrando o pequeno pacote.
Todo mundo calado.
- Não precisam falar comigo, a diretora está amanhã cedo aqui e cuidará da expulsão pessoal de todos vocês. Talvez assim resolvem falar.
- Fala logo Thales. – Hugo diz me olhando. – Vai ficar escondendo? Protegendo ele? O cara não está nem aí para você.
- Quer merda está falando Hugo? – Pergunto.
- Cala a boca Hugo. – Alana grita com ele.
- Hugo você é o único que possui bolsa de todos, é melhor para você, falar, de quem é? – Alexandre fala pressionando ele.
- Se você não vai falar Thales, eu falo.
- Mano, cala a porra da boca. – Lucas fala bravo.
- É do Vitor. – Ele fala.
- Minha?
- Sim, ele não quis vender para a gente, e então pegamos escondido ele descobriu e veio atrás de nós.
- Não foi pegado droga alguma com ele Hugo, pode falar a verdade. – Alexandre diz.
- Esse cara está maluco. – Vitor fala assustado.
- Tem certeza, revistaram ele? – Hugo pergunta.
Galera, os êxtases estavam dentro do blusão do Vitor, ele ficou maluco na hora, e a gente surpreso;
- Isso não é meu, eles colocaram em mim, eu mato você caipira. – Vitor fala indo para cima dele.
- É verdade Alexandre, ele tem tudo, camisinha, êxtase, maconha, e díscola uns cigarros se quiser. – Falo olhando para ele.
- Isso não muda o fato de todos vocês estarem muito encrencados, e você Vitor, vou pessoalmente falar com o seu pai pela manhã. E quero que isso seja segredo até resolverem pela manhã com a diretora.
Nós saímos da sala, e os guardas acompanharam ele, para olhar seu quarto, quando pegamos uma distância o Lucas abraça o Hugo todo feliz;
- Quer merda foi aquela?
- Alana me entregou os êxtases para guardar, então eles entraram e chamaram a gente, no caminho eu coloquei dentro da blusa daquele pau no cú. – Hugo fala rindo.
- Isso não muda o fato de que amanhã estamos expulsos. – Comento.
- Thales está certo amor, isso pode ser bem feio, mais que perder dois mim reais em maconha e êxtase. – Alana fala abraçada com ele.
- Como só vocês dois usam tanta droga? – Pergunto.
- Minha irmã vai viajar para fora do país, era para uns seis meses aquilo, agora estamos sem.
- Ou não. – Lucas diz rindo.
- Nem olha para mim cara. – Falo empurrando ele.
- Podemos pegar antes da diretora chegar. – Ele diz.
Hugo abre um sorriso e Alana junto, eu só subo as escadas, deixando eles;
- Calma aí Thales, nem vai querer ouvir? – Lucas fala alto.
- Não, estou muito encrencado, valeu!
#Vitor Valvassori (Pai de Lucas)
Liguei antes de sair de casa para o banco, dizendo não poder trabalhar, para ir ao Rio, a ligação veio do Tutor de Lucas no colégio, e ele não estava alegre.
Julie ficou em casa por causa da gravidez, era melhor não viajar e sim ficar de repouso.
Peguei um dos primeiros voos para o Rio, e fui direto para o colégio, cheguei por volta de umas oito da manhã.
O taxi me deixou lá dentro do complexo, eu enviei mensagem perguntando onde o Lucas estava, mas ele não respondeu, segui para a direção.
E na grande sala, havia algumas pessoas, e uma moça me atendeu rapidamente;
- Bom dia, senhor, sou Nubia, veio para a reunião das 08:30 com a Marcia Edna? – Ela pergunta de pé.
- Sim, sou Vitor Valvassori.
- Ah sim, senhor sente-se, ele foi no heliporto, mas questão de minutos está de volta.
- Obrigado.
- Aceita, um café, suco, algo para beber...
- Estou, bem. – Falo me sentando.
- Vitor, você aqui.... Como vai? – Diz Edite mãe de Alana.
- Edite quanto tempo.... Olha vou descobrir em breve viu, e você bem?
Acho que nem me acomodei direito e a diretora entra acompanhada de Bento Deummond, ela entra e olha para nós, cumprimentando todos;
- Por favor, me acompanhem, tenho um assunto para tratar com todos. – Ela diz com a porta da sala aberta.
Entramos e nos sentamos em uma mesa, de reunião tradicional, ela oferece agua, comida, guloseimas, enquanto esperávamos os meninos.
E me aparece, o Alexandre, Lucas, Alana, e dois garotos. Eles se sentam em cadeiras encostadas na parede e ficam de frente;
- Pois bem, quero comunicar aos pais e responsáveis, que na data de ontem, por volta de nove e quarenta da noite, Thales, Lucas, Alana e Hugo, que não está presente, foram pegos portando substâncias ilícitas nas dependências do colégio...
- Substancias ilícitas? Drogas? – Pergunta Bento.
- Sim, senhor. Maconha e êxtase. Alexandre conversou com os citados e informaram que compraram de Vitor Simonato. – Ela fala olhando para o pai dele.
Ele começa a rir na mesa, foi uma situação bem chata;
- Meu filho, está dizendo que ele vende drogas aqui dentro?
- Sim. Tenho 9 testemunhas do ocorrido senhor. – Ela diz firme.
- Que bom, tem provas? Cadê essas drogas? – Ele rebate.
- Alexandre. – A Diretora Marcia passa a palavra.
- Eu mesmo a confisquei dos meninos e coloquei dentro da sala dos professores, mas hoje pela manhã não estavam mais no local.
- Calma, está ameaçando os meninos sem provas? – Steve, pai de Vitor fala.
- Qual parte das testemunhas você não entendeu Steve? – Ela fala.
- Derrubo essas testemunhas antes de chegar em tribunal Marcia.
- Eu não vou processar seu filho, por tráfico de drogas, e vale para todos os presentes. Essa instituição é conhecida por ser modelo em todo o país e assim vai continuar.
- Então para que essa reunião alguém me diz? – Steve fala batendo as mãos na mesa.
- Se não entrarmos em um consenso irei expulsar eles, por agirem contra o regulamento do colégio.
- Eu coloco um processo que acabo com esse colégio diretora, e a senhora vai junto. – Ele não desistia.
- Faz isso, só não sei como vai explicar a mídia o que o seu filho fez. Espero que seja uma propaganda positiva para seu escritório.
- Pai eu não fiz isso foram...
- Cala a boca Vitor, com você converso depois. – Ele grita.
- Odeio atrapalhar uma discussão que seria excelente de saber o final, mas tenho uma viagem para Brasília em cinquenta e três minutos, se forem continuar me avisem que irei ao meu compromisso e retorno, talvez até lá vocês se entendem. – Diz Bento, o pai de Thales.
- Não tem provas, então estamos com afirmações da senhora e de Alexandre, podemos ouvir os meninos? – Eu digo.
- Sim, claro.
Todos falam, mas dizem a mesma coisa que Marcia, então, não ajuda muito.
- Vocês cinco, me aguardem aí de fora. – Ela fala para os meninos... – Todos serão punidos, iram fazer atividades extras, punições em horários e acompanhamento com psicólogo. Eu acredito nos meus funcionários, e digo, a escola faz o possível, mas não é o suficiente, se vocês não estiverem presentes, isso aqui, não adianta em nada...