- @rgpatrickoficial
Clichê - Terceira Temporada - Cap. 39
Eu fico parada, como uma estátua olhando ele;
- Que foi agora? – Ele veste a camiseta.
- Pensei que seria eu a primeira a falar algo do tipo.
- Que tipo? Amor? Meu bem? Minha gostosa, minha delicia? – Ele vem falando, beijando, abraçando e segurando.
- Tio? – Kalleb abre a porta.
- Oi! – Guto me empurra para longe.
- Não quer começar. – Ele entrega o controle.
- Vem, vou arrumar para você.
Guto senta na cama, com ele no colo;
- Chegou que horas?
- A Pouco, vim pegar umas roupas que deixei aqui.
- Acho que as meninas levaram para a lavanderia.
- Sim, uma delas me falou, nem sabia que havia lavanderia aqui dentro....
- Vamos sair as oito tudo bem? – Guto estava conversando comigo e olhando para a TV.
- Está falando comigo?
Ele olha;
- Sim, tem o jogo do Caio hoje, se esqueceu?
- Ai meu Deus, é daqui a pouco.
- Sim.
- Vou ir para casa, vou me arrumar lá, pois não tenho roupas aqui.
- Tudo bem.
Minha ansiedade estava em níveis HARD. Passei na mansão momentos antes da Helena sair.
Logo que entro Raquel com uns brinquedos do Kalleb;
- Vejo que ele já está se sentindo em casa.
Ela toda cansada diz;
- Ele decidiu andar em todos os cômodos dessa casa hoje, tem brinquedos até na adega.
- Haha’ calma, agora você até os pega, depois desiste, ele vai te vencer.
- Já venceu, eu e minha coluna desistimos, rsrs.
- Onde estão todos?
- Julia no andar de baixo, creio que no banho, Kleber subiu, Guto e Helena estão com o Kalleb em seu quarto.
- Hum, obrigado.
Subo as escadas, ouvindo a conversa dos dois;
- Sim Você marcou comigo e esqueceu de novo né? – Falo chegando na porta.
- TIO Caio. – Kalleb vem correndo.
- Meu nego, vem aqui. – Abraço ele, tentando pegar no colo. – Menino está comendo pedra? Você está muito pesado.
- Pedra não, mas um pouco de terra do vaso das plantas ele mastigou hoje. – Raquel passa no corredor.
Todo mundo riu de Kalleb;
- Comendo terra?
- Parecia chocolate.
- Que está fazendo?
- Guto está arrumando o vídeo game para mim.
Me sento do lado do Guto;
- Me dê isso, o cara tem um aparelho e não sabe usar. Pronto Kalleb. – Devolvo o controle a ele.
Helena rindo e comenta;
- Isso é coisa de hétero amigo.
- Engraçadinho vocês.
Nós afastamos do Kalleb que ficou na cama;
- Que eu tenho que usar hoje Caio?
- De preferência roupa Helena.
- Eu sei idiota, vai ter alguma festa antes, preciso saber.
- Não, Guto já separou um camarote para vocês, e aproveitei para colocar uns amigos lá também.
- Vou usar um tênis, uma calça nova que tenho então. Caio eu vou de calça jeans se eu passar vergonha naquele lugar, acabo com sua vida.
- Relaxa, só vai ter homem.
- Já gostei.
- Eu vou também? – Kalleb fala.
- Vai ué, vou descer agora e falar com sua mãe, cadê a camiseta que eu te dei?
- Minha mãe sabe.
- Vou falar com ela.
Quando termino de falar com o Kalleb, soa um alarme dentro da casa, parecido com o de incêndio, o Guto fica agitado;
- Fica com o Kalleb. – Ele fala para a Helena.
- Que foi mano? – Pergunto com ele correndo no corredor.
- É minha mãe.
Eu não sabia o que era e fui atrás dele, descemos correndo as escadas, ao descer ouvi uns gritos e algo de vidro se quebrando.
Augusto corria como um maratonista para o atelier, um enfermeiro seguia a gente com uma pasta, descemos as outras escadas.
A Dona Nice gritando, sentada no chão, com a enfermeira e Raquel segurando ela. O caco de um copo estava perto, ela havia se cortado também, mas nada demais, um pequeno sangramento em seu dedo;
- Me ajuda a tirar ela de perto desse vidro. – Guto pega em seu braço.
- Meu filho, eu quero meu filho... HEITOR, cadê o Heitor?
Ela gritava na casa, muito alto, muito mesmo. O enfermeiro rapidamente estancou o sangue que ela se sujou um pouco, Nice Chorava muito, estava desesperada.
- Mãe. Mãe. Me escuta. Mãe! Calma o Heitor foi fazer uma viagem, está me ouvindo?
Augusto dizia ajoelhado em sua frente, mas sem efeito algum. Mesmo tocando nela e tentando acalmar, nada fazia efeito;
- Meu filho morreu, meu filho morreu! Eu quero meu filho.
Ela gritava, a sua enfermeira prepara uma injeção e mostra atrás de Nice para Guto, ela faz um sinal, como se estivesse esperando;
- Mãe tem que se acalmar, por favor? Mãe.
Ele continuava de joelhos e ela mal. Eu do lado para ajudar, e o enfermeiro tentando acompanhar os seus batimentos do outro, ela passa o braço apertando o peito de Augusto;
- Senhor ela tem que se acalmar e rápido. – O cara tira o estetoscópio do ouvido.
Guto olha meio decepcionado para a moça, e dá o ok. Ela se aproxima;
- Segurem ela por favor.
Com cuidado seguramos dona Nice e Augusto abraça ela, a enfermeira aproxima a agulha, fazendo a aplicação, como “magica” ela se acalma, e deita no sofá.
Nos acomodamos ela e Guto comenta baixo;
- Não queria depender de medicamentos.... No começo ela se conseguia se acalmar. – Ele me olha.
- São constantes as crises? – Pergunto.
- Não, mas quando acontecem, são perigosas.
Raquel estavam com outra moça limpando o chão, e Guto depois de acomodar ela diz;
- Confere esse ferimento, você avise o Doutor Gabriel que tivemos outra crise. – Ele fala aos enfermeiros.
Ele se afasta para examinarem ela, e a moça faz a ligação, Guto conversa com ele, e depois um segurança de plantão trouxe tipo uma maca, mas parecida como uma cama. A colocamos e subimos para os quartos no elevador.
Colocando ela em sua cama, para ficar mais confortável e acomodada.
Guto ficou no quarto, a acompanhando a moça a fazer a aplicação da medicação que o Médico mandou.
Eu fiquei perto, pois ele estava deitado na cama com ela, na sua direita, a moça a esquerda fazendo os procedimentos.
- Preparou a casa para receber ela né? – Comento.
- Sim existe sempre um enfermeiro de plantão, alarmes em pontos da casa, eles também possuem dispositivos de monitoramento com eles, e elevador, equipamentos, fizemos muitas coisas. Ela merece ficar aqui.
- Ela vai ficar bem?
- Sim, infelizmente essas crises acontecem, mas é a primeira vez que ela se machuca.
- Queria falar comigo Guto? – Raquel entra no quarto.
- Sim.